TAT TAM ASI
aquilo que foi perdido
já transformou tudo e a si próprio.
O sentido de tudo
confunde-se com tudo.
Esta é a profunda ordem
que todas as coisas e a falta de elas
violam e fortalecem,
o imóvel tempo de tudo.
o que se move está parado
no centro do infinito, movendo-se.
sai-me do corpo o esquecimento
e também a fascinação de isto.
Manuel António Pina (1943)
Poesia Reunida
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